Estes Jovens PRECISAM de um PAÍS para os DEFENDER, porque um dia será um de nós que terá que fazer greve de fome, por não poder continuar a defender o que não tem mais defesa! Que o Deus em que Acreditamos vos dê forças... #LuatyBeirão e todos os 14 JOVENS detidos há + de 100 dias!!!!
Quem avalia os recados do Povo, os seus sonhos por realizar e a sua dor? Onde estão as garantias da nossa protecção enquanto eleitores e contribuintes?
Quem nos garante a esperança de que, quando reclamamos, seremos ouvidos na condição de cidadãos e não de inimigos da paz! Quem está a avaliar o medo colectivo que é uma faca de dois gumes?
Onde se avalia a competência dos peritos em governação avançada, que permanecem no aparelho de Estado durante anos, saltando da cadeira para o banco, do banco para o conselho de administração e daqui para a diplomacia?
A convite da UNITA, participei nas Jornadas Parlamentares Conjuntas, cujo lema foi Juntos por um Parlamento Democrático ao Serviço dos Angolanos, razão pela qual felicito a iniciativa dos partidos na oposição com assento parlamentar. A minha participação foi feita na qualidade de cidadã sem filiação partidária, apenas no estrito respeito à minha condição de eleitoral.
O tema que me propuseram foi 'Direito de Reunião e de Manifestação', sobre o qual já não há muito a dizer, tendo em conta que a CRA é clara acerca destes dois direitos e a negação do segundo é apenas uma violação grosseira da Lei, pois o exercício do artigo 47.º apenas é permitido aos membros, militantes, simpatizantes e colaboradores do MPLA, em acções de júbilo ao seu próprio partido, provando desta forma a sua miopia democrática.
Com a revisão da Constituição em 2010, passamos a eleger os membros da Assembleia Nacional e o Presidente da República numa única eleição, que acontece de cinco em cinco anos. Esta revisão, que para muitos é entendida como um salto qualitativo no nosso ordenamento jurídico, constitui, para mim, um tremendo retrocesso no que à minha liberdade de escolha diz respeito.
Desde logo, porque sou obrigada a aceitar que ao votar num determinado partido eu estarei também a votar no seu candidato à presidência que é sempre o número um da lista de deputados. Isto inibe a minha opção, pois eu posso querer votar no partido x para ser governo e no candidato y para ser presidente. Ou posso querer abster-me de votar na eleição presidencial e este modelo impede-me pois os candidatos presidenciais estão enfiados debaixo das saias dos seus partidos e não surgem de forma independente. Fruto desta revisão, também deixamos de ter a figura do candidato presidencial independente.
Estamos conscientes da gravidade da situação económica em Angola. Mas já não estamos disponíveis para ouvir que todos os males de que padecemos se devem à baixa do preço do petróleo, pois isto não iliba a culpa da ineficácia de muitos investimentos, consultorias dispensáveis, prestação medíocre de serviços e corrupção durante os nossos anos dourados. Há que assumir que o preço da crise tem outros padrastos que não são apenas a guerra ou a conjuntura internacional, para que o Executivo deixe de fazer a ridícula figura de nos considerar acéfalos.
A força de trabalho é a única ferramenta que o povo tem para cuidar de si. E é um eficaz factor de crescimento quando o salário consegue ser competente para garantir a supressão das necessidades básicas. O nosso problema é que estamos a assistir a um aumento da pobreza também entre os empregados que estão com dificuldades para suportar o elevado custo de renda de casa, educação dos filhos, energia, saúde e alimentação.
Se a Internet tivesse sido inventada no início do século XX, tenho a certeza de que o Hitler não duraria seis meses.
A violência colonial teria sido rejeitada, pelas vítimas, de forma muito mais célere. As Independências Africanas caídas em desgraça, ainda nos anos 60, teriam sido um bom mecanismo, para que as que as sucederam não repetissem os mesmos erros. O 27 de Maio não teria sido possível e milhares de filhos não teriam morrido em vão.