O ano da liderança transformadora!

O ano 2013 provou que é necessária uma Liderança Transformadora. Era imperativo que a três anos das próximas eleições fosse possível apelar para uma maior visibilidade da melhor versão dos verdadeiros patriotas que acreditam que o futuro de Angola não tem que ser trilhado por um povo que continua descalço.
Era tão bom que muitos dos nossos jovens licenciados não estivessem condicionados ao poder das células que existem nos seus locais de trabalho e fossem livres para abraçar causas que acreditam em silêncio, sob pena de perderem o salário.
Era tão reconfortante saber que não estamos sozinhos e que todos os nossos mais velhos lúcidos e coerentes acreditassem que ainda fazem tanta falta ao leme deste imenso barco e deixassem de pensar que o seu tempo já passou e que não resta a esperança de dias melhores. Era tão importante que os nossos intelectuais, que não têm preço, que continuam todos os dias a construir ideias cheias de sabedoria, alternativas e análises sobre as melhores práticas se unissem em torno de uma ideia e que a levassem a votos.
Seria tão emocionante ver com os nossos olhos a ADRA a receber o Estatuto de Utilidade Pública e que com isso conseguisse ir mais longe e levar a todos os camponeses abandonados uma estratégia de desenvolvimento e de sustentabilidade.
Seria tão justo que aquele nosso tio, que todos temos um, que deu tudo a uma causa que não o incluiu, ainda tivesse forças para um dia deixar de ser um político desempregado e empregar toda a sua sabedoria, honestidade e empenho em projectos que fariam toda a diferença porque não são megalómanos.
Será realmente um grande dia quando todas as crianças de Angola puderem frequentar uma escola que reflita os milhões de barris de petróleo que nos orgulhamos de produzir.
Será, sem dúvida uma grande conquista quando os empregados das empresas de lixo forem tratados com dignidade, quando o saneamento deixar de ser ausente e básico e quando percebermos todos que a Auto- Construção Dirigida é uma treta de um programa que sendo tão bom devíamos convidar os nossos ilustres dirigentes a irem para lá viver.
Desejo que em 2014 não ocorra mais nenhuma morte por excesso de zelo de ordens que depois ninguém assume, permitindo que a culpa morra sem ética.
Desejo que em 2014 o Fundo Soberano caia em si e seja utilizado para investir na sustentabilidade alimentar em vez de ir fazer turismo.
Desejo que em 2014 todo aquele que usar o erário público de forma irresponsável que seja proibido de voltar a ocupar um cargo público até ao fim da sua vida.
Desejo que em 2014 seja construído um Hospital Oncológico de referência em Angola que permita que quem não tem dinheiro não perca a esperança nem a vida.
Desejo que 2014 traga um país para todos!
Marcações: juventude, angola, liderança, crianças, petróleo, desenvolvimento