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Acredito que...

...muitos cidadãos angolanos, sobretudo os jovens, sentem-se marginalizados pelo actual modelo partidário existente em Angola.

Este facto ficou provado nas terceiras eleições nossa história, realizadas em 2012, onde uma surpreendente taxa de abstenção conseguiu provar que um conjunto de pessoas capazes de eleger quatro deputados preferiu não votar, para já não falar dos conscientes votos em branco.

Isto demonstra o crescente grau de insatisfação, face à ausência de um projecto suprapartidário, de cariz nacionalista, genuíno e sem fins inconfessos, capaz de retirar o Estado de Direito e as instâncias políticas do actual estado de descrédito.

A degradação da sociedade é sustentada pela ausência de um Estado social capaz de prover serviços públicos de qualidade, com cobertura nacional, nos domínios da saúde, educação primária, habitação condigna, segurança social realista, saneamento e salubridade e protecção pelo ambiente. O agravamento do Índice de Pobreza, das assimetrias regionais, do desemprego, da corrupção, da deficiente prestação das contas nacionais, contribuem para o decréscimo das expectativas dos cidadãos angolanos.

É tempo de desenvolver e ajudar a criar um novo modelo de gestão da política pública, que permita a inversão da descrença em esperança, deixando de lado todas as promessas demagogas, com base na crença de que o poder reside no povo, naquilo que diz respeito à sua participação directa nos assuntos que lhe dizem respeito.

O papel dos partidos políticos deve ser mais abrangente, mais solidário e reflexo das aspirações dos cidadãos!

Deixo-vos com um pensamento do actual presidente dos EUA:  Nós somos aqueles por quem estávamos à espera. 

 

Marcações: abstenção, juventude, gestão pública, eleição, votos