ANGOP - 05 Maio de 2007
05 Maio de 2007
Benguela, 05/05 - A vice-ministra da Educação para a área social, Alexandra deVictória Simeão, revelou nesta sexta-feira, em Benguela, que cerca de um bilião depessoas, a nível mundial, entrou para o século XXI sem saber ler nem escrever.
Falando durante uma conferência sobre o tema "Educação e Saúde que Relação", promovida pelo colégio privado "EL-Óscar" em parceria com as direcções provinciais da Educação e Saúde, afirmou que, deste número, cerca de 150 milhões são crianças em idade escolar, maioritariamente do sexo feminino, e contram-se fora do sistema escolar.
Salientou que, actualmente, essas pessoas continuarão a viver em condições de pobreza extrema e terão um estado de saúde precário, comparativamente a outras que tiveram acesso a educação.
Reconheceu ainda que as consequências do analfabetismo são profundas e potencialmente constituem uma ameaça a própria vida, considerando que garantir o direito a educação é uma questão de moralidade, justiça e fundamentalmente relacionada com o profundo sentido económico.
"A negação do direito a educação, compromete a capacidade da pessoa ser produtiva, de se sustentar a si e a sua família, bem como de se proteger, pois pessoas instruídas compreendem a importância dos cuidados de saúde, higiene, saneamento, nutrição adequada e ajudam a reduzir a incidência de doenças evitáveis, diminuindo as mortes", referiu.
Alexandra Simeão adiantou estar aprovado, a nível mundial, particularmente em Angola, que quanto melhor os cuidados e a estimulação que as crianças recebem, maior serão os benefícios para elas e para a economia nacional, uma vez que vivem experiências positivas na infância, no âmbito da saúde, nutrição e estimulação do seu desenvolvimento.
Revelou que estes cuidados fazem com que a criança tenha menos probabilidades de desperdiçar recursos públicos.
Para a governante, o estado de saúde da maioria dos angolanos, reflectidos pelos principais indicadores não tem sido animador, tendo em conta as estratégias e politicas do governo, no sentido de reverter tal situação, quer no sector da Saúde, quer no da Educação.
"O Estado não se demitiu das suas responsabilidades, visto que hoje os indicadores são melhores do que anteriormente", disse a vice-ministra.