ANGOP - 01 Novembro de 2006
01 Novembro de 2006
Luanda, 01/11 - O Ministério da Educação lançou hoje oficialmente em Luanda, a campanha "Os alunos dizem não à cólera", aliando-se aos esforços do pelouro da Saúde no combate à epidemia que assola o país desde Fevereiro.
A campanha desenvolvida em pareceria com os ministérios da Saúde, Energia e Águas, Reinserção Social e agências das Nações Unidas, nesta primeira fase abrange apenas a formação dos professores das escola da capital, prevendo-se a sua extenção durante o próximo ano lectivo às províncias mais afectadas pela cólera.
Na ocasião foi apresentado aos participantes o manual ilustrado "Kimbita e a cólera", a ser utilizado na sensibilização das crianças de modo a facilitar a sua compreensão da doença.
Segundo a vice-ministra da Educação, Alexandra Simeão, esta iniciativa conjunta vai permitir uma melhor compreensão do problema, a dissiminação da informação entre os alunos (cuidados), bem como ajudar a prevenir novos casos.
" É tambem uma forma de alertar aos encarregados de educação que a doença pode afectar qualquer um independentemente das condições sociais", frisou a governante, reforçando a necessidade de se manter as escolas limpas e de água potável nas mesmas,bem como a melhoria do saneamento básico.
Para a representante do Unicef em Angola, Ângela Kearney com esta iniciativa o Ministério da Educação mostra que só com a conjugação de esforços será possível travar a epidemia. "Esta participação das crianças fará delas cidadãos responsáveis e comprometidos com o combate à colera", referiu.
No entanto sem água potável e um sistema de saneamento adequado nas escolas, todo o empenho do Governo e dos alunos poderão "cair em saco roto".
Durante um dia 57 participantes entre professores de todos os municípios e responsáveis do ensino geral vão ser seminariados por técnicos do Minsa e do Unicef sobre os cuidados básicos de prevenção da cólera.
A sessão de abertura contou com a presença dos vice-ministros da Saúde, Reinserção Social, Energia e Águas, José Van-Dúnem, Maria da Luz Magalhães e Rui Tito, respectivamente e da representante da OMS em Angola, Fantomata Diallo.
Nas últimas 24 horas Angola registou cinco óbitos em 100 casos diagonsticados.
Desde o início da epidemia de cólera a 13 de Fevereiro último foram já notificados dois mil 358 óbitos e 57 mil 480 casos no país.